Produtores e lideranças vão discutir os rumos da fruticultura no 4º Encontro Paranaense de Fruticultura, de 9 a 11 de julho, em Curitiba. O encontro é promovido pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), pela Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR) e Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná-Curitiba (AEAPR).

Os organizadores do evento pretendem apresentar a fruticultura como atividade potencial para gerar renda no meio rural, além de discutir assuntos importantes para o futuro da atividade. Entre outros temas estão a produção de maracujá em regiões mais frias, o uso de porta-enxertos na produção de ponkan e o combate ao greening, doença que ameaça a citricultura no Estado. O IDR-Paraná vai apresentar o cultivo de mirtilo, framboesa e amora preta como opções viáveis economicamente para os produtores paranaenses e uma seleção de clones de ponkan.

As novas tecnologias de produção de frutas e as políticas públicas que ampliam o mercado para os fruticultores também serão debatidos pelos participantes do encontro. Eles vão analisar iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Compra Direta, alternativas para remunerar os fruticultores. Como o greening vem ocorrendo em diversas regiões produtoras de citros, os produtores poderão conhecer os sintomas da doença nos pomares e qual a melhor forma de combater e conviver com a doença. Os debates serão realizados no Mercado Municipal de Curitiba.

Na sexta-feira (11) haverá o fechamento do encontro com um dia de campo em fruticultura. A atividade vai ser em uma propriedade referência em tecnologia e produção de frutas de qualidade.

Frutas em alta

A fruticultura vem ganhando força e se diversificando no Paraná. As condições de clima e solo permitem que os produtores do Estado cultivem tanto frutas tropicais, quanto de clima temperado. De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o relatório preliminar do Valor Bruto de Produção (VBP) da fruticultura em 2024 apresenta 38 espécies diferentes de frutas produzidas no Paraná, além de 21 espécies de mudas frutíferas.

No total o VBP alcançou R$ 3,9 bilhões, um aumento de 37% em relação aos R$ 2,9 bilhões do ano anterior. São, ao todo, cerca de 27 mil fruticultores que cultivam uma área de 53.6 mil hectares. A produção chega a 1,3 milhão de toneladas. Frutas como lima ácida tahiti, goiaba, abacate, caqui e banana, produzidas no Paraná, já estão ganhando mercado em outros países.

Porém, os mercados regionais e as redes supermercadistas ainda são os principais compradores de frutas. Ultimamente o setor vem se modernizando para atender aos padrões de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade exigidos pelos consumidores.

As instituições do Sistema Estadual de Agricultura (SEAGRI) vêm atuando para reorganizar a cadeia produtiva da fruticultura e, principalmente, dar apoio aos produtores. Nos últimos dois anos alguns segmentos, como a citricultura, apresentaram uma expansão, com 4.000 hectares de novos pomares implantados. O Governo do Estado também criou o Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis) para recuperar e ampliar o cultivo de uva em todo o Estado.

O programa Coopera Paraná atua no fortalecimento do sistema de produção e organização da cadeia produtiva. A assistência técnica também está apresentando novas oportunidades para os produtores, como o cultivo de pitaya e abacaxi. Na região Centro Sul, a produção e comercialização de frutas de caroço (ameixa, pêssego e nectarina) é o foco das atenções, bem como o cultivo de kiwi, caqui e maçã. O SEAGRI atua na pesquisa, defesa sanitária e comercialização nas Ceasas do Estado, como forma de apoiar os fruticultores do Estado.

O 4º Encontro Paranaense de Fruticultura tem vagas limitadas e as inscrições podem ser feitas neste site.

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Com AEN